O Dia em que uma Médica Me Fez Parar de Comer Frutas: O Impacto de Dietas Restritivas na Minha Saúde

Pouca gente sabe, mas já fui obesa algumas vezes ao longo da vida. Sim, algumas! Cheguei a pesar cerca de 90 kg com 1,60 m de altura

Aos 15 anos, fui diagnosticada com Síndrome de Asperger (Autismo). Foi justamente nessa época que meu peso começou a aumentar rapidamente. Desde a infância, sempre fui muito ativa, mas minha rotina mudou drasticamente quando meus pais enfrentaram uma falência financeira. Além disso, como acontece com muitos adolescentes, as brincadeiras de rua foram dando lugar a uma vida mais sedentária. 

Ao mesmo tempo, comecei a apresentar níveis elevados de prolactina e até a produzir leite, mesmo sem estar grávida. Minha menarca precoce aos 8 anos já indicava um grande desbalanço hormonal, mas, quando procurei uma endocrinologista, o único foco dela foi meu peso – ignorando completamente o restante da minha saúde. 

### A Dieta Restritiva que Mudou Minha Vida (Para Pior) 

O tratamento proposto foi uma dieta extremamente restritiva, onde frutas eram proibidas por causa da frutose. Além disso, fui orientada a substituir qualquer desejo por doce pelo uso constante de adoçantes artificiais

O resultado? Desenvolvi um vício em Coca-Cola Zero, chegando a consumir 5 litros por dia

Em poucos meses, meu peso caiu de quase 90 kg para 48 kg. A mudança foi tão brusca que colegas da escola não me reconheciam e perguntavam meu nome. 

Mas o preço foi alto: 
✔ Comecei a desmaiar frequentemente na rua. 
✔ Minhas notas despencaram – e, como bolsista, eu precisava de um alto desempenho. 
✔ Vivia cansada, mas, para os outros, estava “magérrima”. 
✔ Minha menstruação parou completamente
✔ Minha alimentação era pobre em proteínas e aminoácidos essenciais, prejudicando meu cérebro e metabolismo. 

### As Consequências a Longo Prazo 

Além dos impactos imediatos, essa abordagem irresponsável afetou minha relação com a comida por anos

Como já tinha um padrão alimentar restritivo e repetitivo – algo comum no autismo – passei a evitar frutas e compensava minha compulsão alimentar com refrigerantes zero. 

E o pior: tudo isso aconteceu na adolescência, um dos períodos mais críticos do desenvolvimento. A nutrição impacta diretamente o cérebro, o metabolismo e até a expressão genética (epigenética). 

Hoje sabemos que dietas extremamente restritivas podem: 
✔ Aumentar o risco de transtornos alimentares
✔ Alterar o eixo hormonal, prejudicando a regulação do peso e da saúde mental. 
✔ Levar a deficiências nutricionais graves, afetando a cognição e a saúde metabólica na vida adulta. 

### A Ciência Me Ajudou a Sair Dessa 

Foi só quando conheci a Análise do Comportamento que consegui estruturar uma intervenção realista e sustentável para lidar com minha compulsão alimentar. Pela primeira vez na vida, há quase quatro anos, mantenho meu peso estável entre 58 e 60 kg, sem precisar de dietas extremas. 

Se pudesse dar um conselho para pais e responsáveis por adolescentes, seria: 

Cuidado com soluções rápidas para emagrecimento. Qualquer abordagem que promete resultados milagrosos sem considerar a saúde global pode trazer danos irreversíveis

Pesquisem. Questionem. Busquem profissionais que olhem o indivíduo como um todo. Em muitos casos, o emagrecimento saudável exige intervenção comportamental, e, em alguns casos específicos, suplementação ou tratamento farmacológico – mas sempre com embasamento científico

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