ANO | 1 EM CADA ___ CRIANÇAS |
2002 | 1 EM 150 |
2004 | 1 EM 125 |
2006 | 1 EM 110 |
2008 | 1 EM 88 |
2010 | 1 EM 68 |
2012 | 1 EM 69 |
2014 | 1 EM 59 |
2016 | 1 EM 54 |
https://www.cdc.gov/ncbddd/autism/data.html
Com o aumento do número de diagnósticos (possivelmente pelas mudanças dos critérios) e pesquisas na área, um dado curioso começou a ficar mais evidente: 1 a cada 4 pessoas diagnosticadas é mulher.
As pesquisas estão evidenciando que os critérios diagnósticos precisam ser alterados para mulheres e homens. Em uma pesquisa recente com 13.784.284 crianças, dos quais 53.712 tinham ASD (43.972 meninos e 9.740 meninas) concluiu que a verdadeira proporção de homens para mulheres não é de 4:1, como geralmente é assumido; em vez disso, está mais próximo de 3:1. E que parece ter um preconceito de gênero no diagnóstico, o que significa que as meninas que atendem aos critérios de TEA correm um risco desproporcional de não receber um diagnóstico clínico.
Em 2018, a Comprehensive Psychiatry publica: An exploration of concomitant psychiatric disorders in children with autism spectrum disorder (uma exploração de transtornos psiquiátricos concomitantes em crianças com transtorno do espectro do autismo). Esta pesquisa contou com um número amostral de 658 crianças em que 59% tinham um QI> 70 e que dois ou mais transtornos psiquiátricos foram identificados em 66% da amostra. As taxas de transtornos concomitantes entre os estudos foram:
- TDAH 81%,
- TOD 46%,
- Transtorno de ansiedade 42%
- Transtorno de humor 8%.
A pesquisa também nos trouxe que daqueles que preencheram os critérios para TDAH, 50% também preencheram os critérios para TDO e 46% para qualquer transtorno de ansiedade. São apresentadas associações entre tipos de transtornos concomitantes e uma série de características demográficas e clínicas.
Em 2019, um estudo publicado pelo JAMA Psychiatry confirmou que 97% a 99% dos casos de autismo têm causa genética, sendo 81% hereditários. O trabalho científico, com 2 milhões de indivíduos, de cinco países diferentes, sugere ainda que de 18% a 20% dos casos tem causa genética somática (não hereditária). E o restante, aproximadamente de 1% a 3%, devem ter causas ambientais, pela exposição de agentes intra uterinos (como drogas, infecções, trauma durante a gestação).
Em menos de 10 anos de mudanças dos critérios diagnósticos tivemos ganhos consideráveis nos estudos, formação de profissionais e políticas públicas. Tenho grandes esperanças nos próximos 10 anos.
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